Dr. Francisco de Assis

A histeroscopia é um procedimento moderno que permite a visualização do interior da cavidade uterina. A histeroscopia pode diagnosticar várias patologias com possibilidade de prejudicar a fertilidade, como pólipos endometriais, miomas submucosos, sinéquias uterinas, malformações uterinas, endometrites crônicas, entre outras.

Histeroscopia

Dr Francisco de Assis é médico especialista em Histeroscopia

O Dr Francisco de Assis é médico ginecologista especialista em Histeroscopia e Professor da Pós Graduação de Histeroscopia da Faculdade de Ciências Médicas de MG há 16 anos, tendo grande experiência em procedimentos diagnósticos e cirúrgicos. É também autor do livro: “Histeroscopia – Ginecologia Minimamente Invasiva”, em coautoria com Dr Walter Pace e Dr João Oscar Falcão Jr.

Quando a histeroscopia é indicada?

A histeroscopia pode ser indicada nas seguintes situações:

  • Quando a ultrassonografia suspeitar da presença de lesões na cavidade endometrial
  • Retirada de pólipos ou miomas submucosos
  • Quadros de sangramento uterino anormal
  • Abortamentos de repetição
  • Falha de implantação embrionária
  • Suspeita de malformações uterinas
  • Retirada de DIU ou corpos estranhos no útero
  • Retirada de septo e sinéquias uterinas
  • Realização de biópsia endometrial
  • Avaliação da cavidade antes de Fertilização In Vitro

Como a histeroscopia é realizada?

O procedimento é realizado por via vaginal, com a utilização de uma pequena câmera que é introduzida pelo colo uterino permitindo assim a visualização da cavidade uterina. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia (podendo ser uma sedação ou uma raquianestesia), e assim a paciente não sente nenhuma dor.

O equipamento da histeroscopia permite diagnosticar e tratar ao mesmo tempo algumas lesões, sendo assim pólipos, miomas, sinéquias e septo podem ser retirados durante o procedimento. Podem ser feitas também biópsias de endométrio para pesquisa de patologias como endometrite crônica e hiperplasia ou neoplasia endometrial.

Normalmente não há necessidade de passar a noite no hospital, sendo que a alta hospitalar costuma ocorrer após a recuperação da anestesia.

É necessário realizar biópsias na histeroscopia?

Na maioria das vezes a biópsia do endometrio é realizada, quando podemos solicitar o exame anatomopatológico e o imunohistoquímico. Esses exames permitem diagnosticar patologias que nem sempre são visualizadas, como endometrite crônica, hiperplasias e câncer.

Qual a melhor época do ciclo menstrual para fazer a histeroscopia?

Nas pacientes que têm ciclos menstruais regulares e espontâneos, a histeroscopia deve ser feita no período compreendido entre o término do fluxo menstrual e a ovulação (fase proliferativa). Nas pacientes que usam anticoncepcionais ou nas pacientes menopausadas, a histeroscopia pode ser feita em qualquer momento.

Qual a preparação recomendada para o procedimento?

Na maioria das vezes, o único preparo necessário é estar em jejum de 8 horas. A avaliação de “risco cirúrgico” compreende a realização de alguns exames laboratoriais e em alguns casos uma consulta pré-anestésica com o anestesista ou cardiologista.

É necessário acompanhante?

Por se tratar de procedimento com anestesia, é recomendado a presença de um acompanhante.

O que posso sentir após a histeroscopia?

É normal sentir algumas cólicas após o procedimento por até 7 dias. Serão prescritas medicações para serem utilizadas em caso de cólicas. É também normal ter um pouco de sangramento (igual ou menor que uma menstruação) por até 7 dias. Caso você tenha febre, sangramento aumentado ou corrimento com odor alterado, entre em contato com o médico.

Preciso fazer repouso após o procedimento?

Recomenda-se manter repouso no dia do procedimento e no dia seguinte. É possível voltar ao trabalho dois dias após o procedimento. Exercícios físicos estão liberados 7 dias após o procedimento, desde que a paciente esteja assintomática.

Posso ter relações sexuais?

As relações estão liberadas 7 dias após o procedimento, a não ser que outra orientação seja feita.

Quais as complicações são possíveis com a histeroscopia?

As complicações são raras (menos de 1%) com a histeroscopia, sendo considerado um procedimento minimamente invasivo. Podem acontecer: perfuração uterina, sangramento aumentado, ocorrência de sinéquias uterinas, infecções pélvicas. Caso ocorram as complicações devem ser imediatamente tratadas.

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